quarta-feira, 21 de abril de 2010

Parabéns Brasíia A CAPITAL DO MODERNISMO

Cidade linda, que encanta meus olhos, que a cada dia me da mais orgulho da minha profissão.
Deixo aqui minha homenagem e agradecimento a esta cidade que me acolheu e hoje posso dizer que sou brasiliense de coração mesmo com meu sotaque mineiro.
QUATRO MOSQUETEIROS
Debruçados na maquete da cidade que nascia, Oscar Niemeyer (à esq.), Israel Pinheiro, presidente da Novacap, Lucio Costa e Juscelino Kubitschek observam o avanço nas obras da Praça dos Três Poderes. Naquela altura, o Palácio da Alvorada já tinha sido inaugurado.
BRASÍLIA - 22 11 1958
FOTO: Mario Fontenelle/Arquivo Público do Distrito Federal
OS PÉS NA IMENSIDÃO
Às 7h45 de 2 de outubro de 1956 o DC-3 da Força Aérea Brasileira decolou do Aeroporto Santos Dumont a caminho do ponto onde seria erguida Brasília. A pista de 2 000 metros para pouso tinha sido construída na véspera. Depois de descobrir "a vastidão desconcertante do vazio", Juscelino Kubitschek escreveu no Livro de Ouro: "Deste Planalto Central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino".
PLANALTO CENTRAL - 2 10 1956
FOTO: Jean Manzon
acima o presidente Juscelino Kubitschek e o urbanista Lucio Costa, em meio ao cerrado onde seria construída Brasília. A imagem, de 1957 , destaca a placa do Eixo Monumental, aquela que viria a ser a mais larga avenida do Brasil e da nova capital, com seis pistas em cada mão.
Lucio Costa é o autor do projeto urbanístico escolhido para a construção de Brasília. Ao contrário do que muitos pensam, o nome Plano Piloto não tem a ver com o formato de um avião. Todos os projetos apresentados no concurso público vencido por Lucio Costa chamavam Plano Piloto de Brasília e levam um número para distingui-lo.
O Plano Piloto de Lucio Costa teve sua forma inspirada pelo sinal da cruz. Lucio Costa defendeu a tese de que a capital federal pudesse ser comparada a uma borboleta, rejeitando a comparação com um avião.

“Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país. No curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein.”
Oscar Niemeyer

DOIS EIXOS
Para o antropólogo carioca Milton Guran, a imagem destas páginas é "a mais extraordinária fotografia do Brasil moderno, um registro seminal que simboliza o momento em que o brasileiro tomou posse efetiva de seu destino". O fotógrafo Mário Fontenelle, a bordo de um monomotor, pediu ao piloto que voltasse: "Quero fazer esta foto". Ela mostra o cruzamento do Eixo Monumental com o Eixo Rodoviário, o Eixão, o ponto zero da cidade imaginada pelo urbanista Lucio Costa. A história desculpa a precariedade do registro.
BRASÍLIA - 1957
FOTO: Mario Fontenelle/Arquivo Público do Distrito Federal

3 comentários:

  1. Olá Dani !
    Estas fotos são MEMORAVEIS ! São as marcas mais profundas do início de uma vida, a jovem CAPITAL da República dos Estados Unidos do Brasil ! O fotógrafo, Mário Fontenelle soube, no momento certo, registrar este "cordão umbilical" de um bébé ainda em formação...cujo nome seria BRASILIA !
    Será que existem fotos de todas as maquetes de Brasilia, naquela época ? Onde se encontram ? fotos ou artigos sobre o maquetista francês Guy DIMANCHE que as fabricou ? alguma reportagem sobre ele ? seu ateliê no Rio ? Hoje em 2011 o Guy Louis Dimanche vive na França, tem 91 anos, e está maravilhosamente bem, respirando saúde pleana ! Foi um grande artista, como todos em sua família, porém ficou por tras das cortinas, desconhecido - é uma pena !!!
    Leiam o Boletim de sua filha Yvonne Dimanche:
    www.oboletim.com.br/colunistas/yvonne.html

    Grata por dicas
    Joanna A Dell'Eva
    Fortaleza, 17-06-2011

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  2. Oi Dani, vim visitar o seu cantinho por indicação da Joanna. Muito interessante o seu blog. Já morei em Brasília em uma época que só tinha barro. Agora é outro papo.

    Quanto ao meu pai, ele foi o maquetista, conforme já informou a Joanna. Caso queira ler um pouquinho sobre ele, basta entrar no link acima e ao invés de clicar em colunistas, procure as colunas anteriores. A minha foi postada no dia 10 de julho com o título Joanna de Angelis.

    Parabéns pelo seu belo trabalho.

    Beijos

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  3. Dani, o comentário saiu com o nome Yasmin, mas fui eu, Yvonne Dimanche, que escrevi. Desculpa, mas não soube alterar.
    Mais beijos
    Yvonne

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